Parashá
A Torá foi dividida em 54 porções (Parashiot, Pl. de Parashá=porção). A Parashá Hashavua ou porção semanal, é um costume antigo de se ler a Torá em um ciclo anual. Assim, dentro do calendário judaico, toda a Torá é lida uma vez por ano.
Vale lembrar que nem sempre foi assim, esse costume de se ler a Torá em um ano foi herdado da época dos Sábios da Palestina.
Existiu outro costume de leitura da Torá que incluia um ciclo maior, de três anos. Porém, este último costume não se perpetrou. Todas as comunidades judaicas no mundo adotam o costume anual. Portanto, em qualquer lugar que um judeu vá, a leitura semanal da Torá será a mesma.
As Parashiot estão assim divididas:
Livro: BERESHIT (GÊNESIS)
1 - Bereshit - Trad. "No Princípio" - Gn 1.1-6.8
RESUMO DA PARASHÁ: A primeira Parashá da Torá conta a criação do mundo em seis dias e o descanso de D'us no sétimo dia (Shabat). "No início (Bereishit) D'us criou céu e terra." A ordem da criação é: Luz, firmamento, terra, plantas, sol, lua e estrelas, peixes, pássaros, animais, homem e a mulher. Em seguida é descrito o Gan (jardim) Éden e o pecado de Adão e Eva ao comerem da Árvore do Conhecimento do bem e do mal, que tinha sido proibido por D'us, com a conseqüente expulsão do Éden. Por último, é contada a história de Caim e Abel, as dez primeiras gerações e o nascimento de Noé. (Adaptado do Torahmail). Fonte: Lekach Tob.
2 - Noach - Trad. "Noé" - Gn 6.9-11.32
RESUMO DA PARASHÁ: Hashem instrui Noach – o único homem justo em um mundo consumido pela violência e corrupção – a construir
uma grande Tebá (“arca”) de madeira revestida de piche por dentro e por fora. Um grande dilúvio, diz Hashem, apagará toda a vida da face da terra; mas a arca flutuará sobre a água, protegendo Noach e sua família e dois membros (macho e fêmea) de cada espécie animal. A chuva cai por 40 dias e noites e as águas demoram mais 150 dias antes de se acalmarem e começarem a retroceder. A arca se assenta sobre o Monte Ararat e, de sua janela, Noach envia pombos “para que vejam se as águas se abateram da face da terra”. Quando o solo seca completamente – exatamente um ano solar (365 dias) depois do início do Dilúvio – Hashem ordena a Noach para sair da Tebá e povoar novamente a terra. Noach constrói um altar e oferece sacrifícios a D'us. D'us jura nunca mais destruir toda a humanidade por causa de seus atos e mostra um arco-íris como um testemunho de Seu novo pacto com o homem. D'us também ordena a Noach a respeito da santidade da vida: o assassinato é considerado um crime capital e, apesar de ser permitido ao homem comer a carne dos animais, ele está proibido de comer a carne ou o sangue de um animal vivo. Noach planta um vinhedo e fica embriagado. Dois dos filhos de Noach - Shem e Yafet – são abençoados por cobrirem a nudez de seu pai, enquanto o terceiro filho – Ham – é amaldiçoado por tirar vantagem de sua humilhação. Os descendentes de Noach permanecem como um povo único, com uma cultura única e uma linguagem única, por dez gerações. Então, eles desafiam o Criador construindo uma grande torre (a torre de Babel) para simbolizar sua própria invencibilidade. D'us confunde sua fala, de forma que “um não compreenda a fala do outro”, fazendo-os abandonar seu projeto e se dispersarem pela face da terra, dividindo-se em setenta nações. A Parashá de Noach conclui com uma cronologia das dez gerações de Noach a Abram (depois chamado de Abraham) e a jornada deste de seu local de nascimento, Ur Casdim (Ur dos Caldeus), para Charan, a caminho para a terra de Canaã.
(Adaptado do A PARASHÀ EM UMA CASCA DE NOZ e do Torah-mail por Jaime Boukai). Fonte: Lekach Tob.
3 - Lech Lechá - Trad. "Sai" - Gn 12.1-17.27
RESUMO DA PARASHÁ: Hashem fala com Abram, ordenando-o que “Saia de sua terra, de seu local de nascimento e da casa de seu pai, para a terra que Eu te mostrarei”. Lá, Ele diz que Abram será transformado em uma grande nação. Abram, Sarai e Lot viajam para a Terra de Canaã, onde Abram constrói um altar e continua a espalhar a mensagem do D'us Único. A fome força Abram a descer para o Egito, onde a bela Sarai é levada ao palácio do Faraó; Abram escapa da morte apresentando Sarai como sua irmã, e não como marido e mulher. Uma “doença de pele” faz com que o Faraó não consiga tocar nela e o convence a devolvê-la a Abram. De volta à Terra de Canaã, Lot se separa de Abram (pela briga entre os seus pastores) e se estabelece na perversa cidade de Sodoma, onde é preso quando os poderosos exércitos de Chedarlaomer e seus três aliados conquistam as cinco cidades do Vale de Sodoma. Abram se arma com um pequeno grupo para salvar seu sobrinho, vence os quatro reis e é abençoado por Malki-Zedek, o rei de Salem (Jerusalém). D'us sela o “Pacto Entre as Partes” com Abram no qual o exílio e a perseguição (Galut) do Povo de Israel são profetizados e a Terra Santa lhes é legada com sua herança eterna. Ainda sem filhos dez anos depois de sua chegada na Terra, Sarai diz a Abram para casarse com sua serva Hagar. Hagar dá à luz e se torna insolente em relação à sua patroa e, então, foge quando Sarai a trata duramente; um anjo a convence a retornar e lhe diz que seu filho será o pai de uma populosa nação. Ishmael nasce no 86º ano de Abram. Treze anos depois, D'us muda o nome de Abram para Abraham (“pai de multidões”) e de Sarai para Sarah (“princesa”) e promete que um filho nascerá para eles; desta criança, a quem deverão chamar de Yitzchak (“sorrirá”), surgirá a grande nação com a qual D'us estabelecerá Sua especial ligação. Abraham é ordenado a circuncidar a si mesmo e todos seus descendentes como um “sinal do pacto entre Eu e você”. (Adaptado do A PARASHÀ EM UMA CASCA DE NOZ e do Torah-mail por Jaime Boukai). Fonte: Lekach Tob.
4 - VAERA - Trad. "E Apareceu" Gn 18.1-22.24
RESUMO DA PARASHÁ: Abraham recebe a visita de três anjos, após Hashem ter tido “pena” dele (pois mesmo ainda machucado pelo Berit milah ele ainda queria cumprir a mitsvá de receber bem as visitas). Estes anunciam que em um ano Sarah terá um filho (cada anjo tem uma missão apenas, por isso vieram três deles). Hashem avisa a Abraham que irá destruir Sodoma e Gomorra devido a suas iniqüidades. Ele intercede pelos seus habitantes, porém sem sucesso, uma vez que não havia pelo menos 10 justos (se houvesse esse número Hashem atenderia ao pedido de Abraham de salvar as cidades) e os anjos seguem em sua missão. Antes de destruir Sodoma e Gomorra, retiram de lá Lot e sua família. A mulher de Lot olha para trás durante a fuga e se transforma em uma estátua de sal. Nasce Itschak, e Abraham faz sua circuncisão no oitavo dia. A pedido de Sarah, Abraham manda Hagar e Ishmael para longe de Itschak. Hagar e Ishmael ficam sem água e Hagar o deixa sozinho para não vê-lo morrer. Um anjo aparece e lhe promete grande descendência. Ela acha água e dá ao seu filho, salvando-o. A Parashá termina relatando o sacrifício de Itschak, a última provação de Abraham. Um anjo mostra um carneiro a Abraham que o sacrifica no lugar de seu filho. Abraham é abençoado pelo seu gesto e ele volta a Beer Shéba. A seguir relata-se o nascimento de Ribka, futura esposa de Itschak. (Adaptado do Torah-mail por Jaime Boukai). Fonte: Lekach Tob.
5 - CHAYEI SARAH - "Vida de Sárah" - Gn 23.1-25.18
RESUMO DA PARASHÁ: Sarah falece aos 127 anos de idade e é enterrada na Caverna de Machpelá em Hebron, comprada por Abraham de
Efron o Hitita por 400 shekels de prata (400 é o valor numérico de Ain Rá – “mau” olho conforme o Midrash Rabá citado pelo BEN ISH HAI em seu livro Aderet Eliyahu, o que indicava que tipo de pessoa era Efron). O servo de Abraham, Eliézer, é enviado, carregado de presentes – Eliézer viajou com 10 camelos – a Charan para encontrar uma esposa para Itschak. No poço da aldeia, Eliézer reza a D'us por um sinal de quem seria a “eleita”: quando as jovens vierem para o poço, ele pedirá por água para beber; aquela que também oferecer água para seus camelos será a destinada a Itschak. Ribka (Rebeca), a filha de Betuel, sobrinho de Abraham, aparece no poço e dá de beber a Eliézer e seus camelos, sendo aprovada no “teste”. Eliézer dá a ela jóias valiosas, o que chama a atenção de Laban, irmão de Ribka. Eliézer é trazido para a casa de Betuel, onde ele relata os eventos ocorridos e se identifica como servo de Abraham. A família de Ribka resiste em deixá-la partir, mas ela aceita ir com Eliézer para a terra de Canaã. Eles encontram Itschak rezando no campo (instituição da minchá – reza da tarde). Itschak se casa com Ribka, a ama e se consola pela perda de sua mãe. Abraham se casa com Keturah (Hagar), e é pai de mais seis filhos, mas Itschak é designado como seu único herdeiro. Abraham morre aos 175 anos de idade e é enterrado ao lado de Sarah pelos seus dois filhos mais velhos, Itschak e Ishmael (que havia feito Teshubá). (Adap. A Parashá em uma casca de noz e Torah-mail por Jaime Boukai). Fonte: Lekach Tob.
6 - TOLEDOT - "Gerações" - Gn 25.19-28.9
Itshhak se casa com Ribkah. Após vinte anos sem filhos, suas preces são atendidas e Ribkah engravida. Ela tem uma gravidez difícil, pois “seus filhos lutam dentro dela”; D-us lhe diz que “duas nações existem em seu ventre” e que o mais jovem prevalecerá sobre o mais velho. Essav nasce primeiro; Yaakob nasce, logo em seguida, segurando o calcanhar de Essav. Essav cresce e vira um “caçador perspicaz”; Yaakob é “um homem bom”, residente nas tendas do aprendizado. Itshhak “prefere” Essav; Ribkah ama Yaakob. Um dia, ao retornar exausto e faminto de uma caçada, Essav vende sua primogenitura a Yaakob por um cozido de lentilhas vermelhas de forma irrevogável. Yaakob dá pão e só depois o cozido. O motivo era que Essav não viesse a dizer que vendeu obrigado, por estar morrendo de fome. Logo, deu-lhe pão e, assim, sua vida não estava mais em risco. Em G’rar, terra dos filisteus, Itshhak apresenta Ribkah como irmã, por medo de ser morto por alguém que invejasse sua beleza. Ele trabalha na terra, reabre os poços cavados por Abraham e cava novos poços: sobre os dois primeiros ocorrem disputas com os filisteus; já o terceiro poço é usufruído com tranqüilidade. Essav se casa com mulheres hhititas e decepciona os pais. Itshhak, idoso e cego, expressa seu desejo de abençoar Essav antes de morrer. Enquanto Essav sai para caçar o alimento preferido de seu pai, Ribkah veste Yaakob com roupas do irmão, cobre-o com peles de cabra para simular a aparência de Essav (mais peludo), prepara uma refeição semelhante e envia Yaakob a seu pai. Yaakob recebe as bênçãos de seu pai pelo “orvalho dos céus e a gordura da terra” e o domínio sobre seu irmão. Quando Essav retorna, a trama é revelada e tudo que Itshhak pode fazer por Essav é prever que ele viverá pela espada. Yaakob sai de casa para Hharan para fugir da fúria de Essav e para encontrar uma esposa na família do irmão de sua mãe, Laban. Essav se casa com uma terceira mulher, Mahhlat, filha de Ishmael.
Fonte: Lekach Tob.
7 - VAIETSÊ - "E Saiu" - Gn 28.10-32.3
Resumo da Parashá – Vaietsê / Livro Bereshit (Gênesis) 28:10 – 32:3
Yaakob deixa sua terra e vai para Hharan. No caminho, ele encontra ‘o lugar’ e dorme lá. Ele sonha com uma escada conectando céus e terra e com anjos subindo e descendo nela; D-us aparece e lhe promete que a terra onde repousa será dada a seus descendentes. Ao acordar, ele faz uma promessa, reza e faz um altar com a pedra na qual apoiou sua cabeça, jurando que o local se transformará na casa de D-us. Em Hharan, Yaakob trabalha para seu tio Laban, pastoreando suas ovelhas. Laban concorda em dar-lhe sua filha mais nova, Rahhel – que Yaakob ama – como esposa por 7 anos de trabalho. Porém, na noite de núpcias, Laban lhe dá a filha mais velha, Leah – um embuste que Yaakob só descobre pela manhã. Yaakob se casa com Rahhel uma semana depois, após concordar em trabalhar mais 7 anos. Leah gera 6 filhos – Reuben, Shim’on, Levi, Yehudah, Issachar e Zebulun – e uma filha – Diná – enquanto Rahhel permanece estéril. Rahhel entrega a Yaakob sua serva Bil’ha como esposa para ter filhos em seu lugar, e nascem dois filhos – Dan e Naftali. Leah faz o mesmo com sua serva Zilpa, que dá à luz Gad e Asher. As rezas de Rahhel são atendidas e ela gera um filho (Yossef). Yaakob deseja voltar, mas Laban o convence a ficar, oferecendo-lhe pagamento pelo trabalho. Yaakob prospera, apesar das repetidas tentativas de Laban de enganá-lo. Após 6 anos (20 no total), Yaakob deixa Hharan temendo que Laban o impedisse. Laban o persegue, mas é advertido por D-us (em sonho) para não lhe fazer mal. Laban e Yaakob fazem um pacto e Yaakob se dirige a Israel, onde é recepcionado por anjos.
Fonte: Lekach Tob.
8 - VAISHLAHH - "E ENVIOU" - Gn 32.4-36.43
Yaakob envia emissários a Essav para verificar o seu “estado de espírito”. Os emissários retornam dizendo que Essav vinha ao encontro de Yaakob com 400 homens (de guerra). Yaakob teme o pior e divide a caravana em duas partes (para que pelo menos uma tenha chance de fugir em caso de confronto). Yaakob reza a Hashem dizendo: ‘Katonti micol hahhassadim’ (segundo tradução de R. Saádia, significa ‘sou pequeno e não mereço essas bondades’, em alusão ao fato de ter saído de casa só e sem nada e ter voltado rico, com duas caravanas). ‘Hatsilêni ná miyad ahhi myad Essav – livra-me, rogo, da mão de meu irmão, da mão de Essav!’ Yaakob envia presentes a Essav com a intenção de aplacar sua ira. Yaakob faz suas caravanas passarem o rio de Yabok, mas fica sozinho naquela noite. Nesta mesma noite, o anjo de Essav briga com ele, e atinge sua coxa. Ao ver que não poderia vencer Yaakob, o anjo pede-lhe que o deixe ir. Yaakob permite com a condição de que recebesse uma bênção. Yaakob fica manco devido ao ferimento em sua coxa. É deste episódio que se deriva a proibição de comer o nervo ciático e carnes ligadas a ele (parte traseira do animal). Yaakob encontra-se com Essav e fazem as pazes. Essav se oferece para ir junto com Yaakob, que agradece mas alega ser cansativa a viagem ao passo do exército. Essav volta a Se’ir, e Yaakob vai a Sucot. Chegam então a Shechem, onde ocorre o episódio com Dinah. D-us manda Yaakob a Bet-El, e eles se livram dos ídolos e se purificam. Deborah morre e Hashem muda o nome de Yaakob para Israel. D-us diz para Israel se multiplicar, o que os sábios dizem significar que ainda faltava uma tribo. Rahhel falece dando à luz Bin’yamin. Israel encontra Itshhak. Itshhak falece com 180 anos. A Parashá finaliza com o relato da descendência de Essav.
Fonte: Lekach Tob.
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49 - Ki Tetse - Trad. "Quando Saires" - Dt 21.10 - 25.19
RESUMO DA PARASHÁ: Dos 613 Mandamentos da Torah, 74 estão nesta Parashá. Estes incluem as leis da cativa de grande beleza; os direitos de herança do primogênito, mesmo que ele seja filho de uma esposa que não é a mais querida; o filho rebelde e desobediente; enterro e dignidade do falecido; a devolução de um objeto ou animal perdido; proibição de usar roupas do sexo oposto; afastar a mãe-pássaro antes de pegar seus filhotes; o dever de levantar uma cerca de segurança ao redor do telhado da casa; e várias formas de kilaym (proibição de híbridos de animais ou vegetais). Também são relacionados os procedimentos e penalidades judiciais para o adultério, o estupro ou sedução de uma jovem solteira e para um marido que acusou falsamente sua esposa de infidelidade. As seguintes pessoas não podem casar-se com alguém do Povo Judeu: um bastardo, um homem de descendência de Moab ou Amon, um edomita ou egípcio de primeira ou segunda geração. Também inclui leis que governam a pureza do campo militar; a proibição de devolver um escravo fugitivo; o dever de pagar ao trabalhador na época certa e permitir qualquer um que trabalhe para você – seja homem ou animal – a “comer no trabalho”; o tratamento adequado a um devedor e a proibição contra o pagamento de juros em um empréstimo entre judeus; as leis do divórcio (das quais se derivam muitas das leis do casamento); o castigo de 39 chibatadas pela transgressão de uma proibição da Torah e os procedimentos para o yibbum – levirato da esposa de um irmão falecido sem filhos, ou a hhalitsah (“remoção do sapato”) no caso de o cunhado não desejar desposá-la, negando-se a fazer o yibbum. Proibição de o comerciante enganar no peso ou medida de suas mercadorias. Conclui com a obrigação de lembrar-se “do que Amalek fez a ti na estrada, na saída do Egito”. Apague a memória de Amalek de baixo dos Céus, não se esqueça! (Baseado no “Parashá em uma Casca de Noz” e no “Torah-mail”) Por Jaime Boukai. Fonte: Lekach tob.
50 - Ki Taboh - Trad. "Quando Vieres" - Dt 26.1 - 29.8
RESUMO DA PARASHÁ: Moshê instrui o Povo: “Quando vocês entrarem na terra que Hashem lhes está dando como herança eterna e se instalarem nela e a cultivarem, tragam os primeiros frutos das sete espécies pela qual a terra de Israel é louvada (bikurim) para o Templo Sagrado e declarem sua gratidão por tudo que Hashem fez por vocês”. Nossa Parashá também inclui as leis do dízimo dado aos Levi’im e aos pobres, e instruções detalhadas sobre como fazer as bênçãos e as maldições em cima do Monte Guerizim e Monte Ebal – como discutido no início da Parashá Re’eh. Moshê lembra ao povo que eles são o povo escolhido e que eles, por outro lado, escolheram Hashem. A última parte consiste na Tochachah (“Repreensão”). Depois de relacionar as bênçãos com as quais Hashem premiará o povo por eles seguirem a Torah, Moshê faz um longo e duro relato das coisas ruins – doença, fome, e exílio – que cairiam sobre eles se abandonassem os mandamentos de Hashem. Moshê conclui dizendo que somente então, quarenta anos depois de seu nascimento como um povo, eles conquistaram “um coração para conhecer, olhos para ver e ouvidos para ouvirem”. (Adap “PARASHÁ EM UMA CASCA DE NOZ” e Torah-mail). Por Jaime Boukai Fonte: Lekach tob.
51 - Nitsabim - Trad. "Parados" - Dt 29.9 - 30.20
RESUMO DA PARASHÁ: A Parashá de Nitsabim inclui alguns dos mais fundamentais princípios da fé judaica: a unidade de Israel: “Vocês
estão de pé, todos vocês, diante de D-us, o Senhor de vocês: seus líderes, seus chefes tribais, seus anciãos, seus executores da lei e todo homem israelita; suas crianças, suas esposas, e os prosélitos no acampamento de vocês; até seus cortadores de lenha e carregadores de água”. Moshê reúne todos os membros do povo judeu pela última vez em sua vida, para iniciá-los na eterna aliança com D-us. Moshê os adverte a não serem tentados pelos atos maus dos idólatras que vivem ao redor deles, e a evitarem racionalizar a conduta imprópria dizendo que D-us os perdoará, pois manter tal crença é a suprema fonte de nossa destruição e exílio. Ele adverte que o povo irá cometer pecados, mas ao final se arrependerá e retornará para a Torah, e D-us introduzirá a Era Messiânica, quando retornaremos à terra de Israel e as muitas bênçãos maravilhosas da Torah serão cumpridas. Moshê diz ao povo para não temer serem incapazes de corresponder às expectativas da Torah, assegurando-lhes que as Mitsvot não são distantes ou inacessíveis; uma vida de Torah está ao alcance de qualquer pessoa. A porção termina com uma exortação para escolher a Torah e vida, acima da sinistra alternativa do mal e da morte. (Chabad.org). Fonte: Lekach tob
52 - Vayelech - Trad. "E ele foi" - Dt 21.1 - 31.30
RESUMO DA PARASHÁ: A Parashá de Vayelech (“E Ele Foi”) conta os eventos do último dia da vida terrena de Moshê. “Eu hoje tenho 120 anos de idade”, diz ele ao povo, “e eu não posso mais ir e vir”. Ele transfere sua liderança a Yehoshua e escreve (ou termina de escrever conforme algumas opiniões) a Torah em um rolo que é entregue aos Leviim para que seja guardado na Arca da Aliança. A Mistvá de Hakhel (“Reunião”) é ordenada; a cada sete anos, durante a festa de Sucot do primeiro ano do novo ciclo de Shemitá, todo o Povo de Israel – homens, mulheres, crianças e estrangeiros – devia se reunir no Templo Sagrado de Jerusalém onde o rei deverá ensinar a Torah para eles. A Parashá conclui com a previsão de que o Povo de Israel se afastará de sua aliança com D-us fazendo com que Ele oculte Sua face deles, mas também com a promessa de que as palavras da Torah “não serão esquecidas das bocas de seus descendentes”. (Adaptado do “A PARASHÁ EM UMA CASCA DE NOZ” e do Torah-mail). Fonte: Lekach tob
53 - Ha'azinu - Trad. "" - Dt 32.1 - 32.52
RESUMO DA PARASHÁ: Ha’azinu é uma das duas grandes canções da Torah e relata toda a história do Povo – passado, presente e futuro. O RAMBAN – Nahhmânides diz que cada alma judia pode encontrar sua biografia oculta nas letras da canção. O Maggid de Mezeritch, discípulo e sucessor do Báal Shem Tob, diz ser importante saber esta canção de cor, já que a vida de cada um está dentro dela. Ha’azinu é uma grande canção para Hashem, assim como a vida de cada um é música para Ele. Moshê prevê que o povo irá desviar-se de D-us e será exilado. O Cântico adverte contra várias armadilhas: “Yeshurun (outro nome para Israel) tornou-se gordo e rebelde / Tu engordaste, engrossaste, ficaste obeso / Ele abandonou D-us, Que o fez / E desprezou a Rocha de sua salvação” – e as calamidades resultantes disso, que Moshê descreve como D-us “ocultando Sua face”. No fim, promete ele, Hashem vingará o sangue de Seus servos e se reconciliará com o povo e a terra. Hashem ordena a Moshê subir ao Monte Nebó, de onde ele contemplaria a Terra antes de morrer. “Pois tu verás a terra de longe, mas lá tu não entrarás, na terra que Eu dei aos filhos de Israel”. (Adap. “A PARASHÁ EM UMA CASCA DE NOZ” e do Torah-mail). Fonte: Lekach tob
53 - Vezot Haberachá - Trad. "Esta é a Bênção" - Dt 33.1 - 34.12
RESUMO DA PARASÁ: A última Parashah da Torah traz Moshé se despedindo do povo através de uma benção. Ele abençoa cada tribo, e nestas berachot estão embutidas profecias sobre o futuro de cada uma delas. Moshé falece aos 120 anos, e é enterrado por D'us. Os últimos versículos da Torah afirmam que nunca mais surgiu um profeta como Moshé, que falava com D'us "face a face". Fonte Lekach Tob